quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mais um do mestre...

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.

domingo, 6 de setembro de 2009

Amo. Por quê?

A abelha tem duas cores aparentes. Dourado e negro. O dourado me remete ao brilho, à luz, à preciosidade... E o negro representa o obscuro, o que ainda está por descobrir, mas que guarda agradáveis surpresas e novidades. Amo a minha abelha. Não sei porque, não tenho essa capacidade de dizer... de enumerar "n" razões tal como ela me fez certa vez. Sei que ela me causa grande alegria, me faz ser melhor e desejar ainda mais, me faz inventar novas metas, ainda que eu tenha aprendido a não plenejá-las... enfim, me faz feliz... mais feliz a cada dia. Mas isso seria uma consequência do amor, e não a sua causa... Amar, verbo intransitivo. Amo, simplesmente. Para o amor nem sempre há motivo, causa, razão. As sem razões do amor... Amo-te... e olha que nem falei do poder da pimenta... o fogo... o ardor.
Porque Amo.

sábado, 5 de setembro de 2009

Mudanças...

Esse blog foi idealizado para ser conceitual... um espaço para desabafo de sentimentos e pensamentos... mas agora irá mudar. Continua sendo relato de sentimentos e pensamentos... mas nada conceitual e nada de desabafos ou prestações de conta. Apenas coisas vãs...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Novas ausências lembradas...

Uma das coisas muitas coisas que aprendi na academia e trouxe pra minha vida foi que não podemos significar um evento por seu fim... todo o processo é o que tem relevância. Gostaria então de deixar registrada mais uma ausência deveras indevida no texto final. Agradeço muitíssimo a Marina Brandão pelos anos de companheirismo, apoio, força, estímulo nessa caminhada tão sinuosa que é a escolha da vida acadêmica. Sem ela, os caminhos teriam sido outros e certamente também a caminhada teria sido bem diferente. Obrigado, garota. Felicidades!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Liberdade e Agradecimentos

Um doce sabor de liberdade proporcionado por um grande alívio. Defesa de dissertação marcada... mais uma etapa cumprida. Aqui ficam os agradecimentos àqueles que contribuiram e participaram comigo dessa etapa. Aos ausentes, repito, também fica o meu agradecimento em silêncio.

     Vai parecer clichê. E é, mas não deixa de ser legítimo: este trabalho foi escrito a muitas mãos. Muitas mãos e também vozes que me fizeram, não apenas enquanto autor, aquele que escreve, mas também enquanto ser singular, aquele que sente, vê, percebe, analisa, pensa e escreve! Por isso, esse momento do trabalho, apesar de ser o mais desejado por ser o momento de fazer justiça a essas outras mãos e vozes, é também o mais difícil, pelo temor de ser injusto.

Faço, antes de tudo, algumas ressalvas. Primeira: a ordem dos fatores não altera o produto, ou, traduzindo o clichê, os sujeitos que aqui são citados não o são em nenhuma ordem de preferência ou importância, apenas a ordem da lógica que forma este texto. Segunda: as ausências são mero efeito de uma mente de mestrando. A memória, enquanto categoria histórica ou não, também é feita de esquecimentos. No entanto, não se sintam ofendidos; apropriando-me da canção de Zélia Duncan, digo-lhes: tenho as mãos atadas sem ação, mas um coração maior que eu para caber-lhes. E, terceira e última ressalva: é sob lágrimas que escrevo estas linhas, lágrimas de alegria, felicidade, gratidão, solidão, saudade, sentimento, talvez ressentimento até... Portanto, apenas as leiam, não as comentem.

            Começo essas notas promissórias pelo começo. Agradeço imensamente aos meus pais, não apenas por terem me gerado, mas por terem me feito possível. De meu pai, herdei o prazer do saber, que, depois, vim saber ser um poder – bem que sempre achei ser ele um super-herói! – a sagacidade, a paciência, a introspecção... Apenas pra falar alguns daqueles atributos que se fizeram presentes na escrita deste trabalho. Da minha mãe, entre tantas outras infinitas coisas, herdei a determinação, a alegria de vida, a compreensão, o amor incondicional... De ambos, a forma de me relacionar com os outros.

Agradeço também a minhas queridas avós. Por circunstâncias da vida, não cheguei a ter uma convivência muito próxima com minha avó paterna, mas saiba ela que a tenho com muito carinho e admiração. Quanto a minha avó materna, ela não é só uma avó. E não que ser avó seja pouco, mas ela é ainda mais. Ela dedicou, a mim e a meus irmãos, parte de sua vida. Partilhou memórias, contou histórias que, muitas vezes, me aguçavam a curiosidade, o que deve ter fundado meu espírito investigativo que acabaram por me tornar historiador.  Enfim, ela me educou... Tornou-se parte de mim.

Agradeço a meus tios e tias, de sangue ou não. Especialmente, agradeço a meu padrinho Fernando, cujas sucessivas conquistas sempre me encheram de admiração e inspiração, e à Coeli e Oscarlino, que acompanharam e participaram minha infância com tamanha dedicação, estando sempre presentes e me estimulando o prazer da leitura. Infelizmente Oscar não está mais nesse mundo para ver o resultado de um trabalho do qual ele também participou. Fica a saudade. À Coeli agradeço também a presença e o protagonismo no melhor e mais decisivo ano da minha vida: 1999, quando fiz meu terceiro ano do Ensino Médio.

Agradeço a meus queridos e inigualáveis irmãos, talvez as pessoas que mais sinto falta na convivência diária. Além das tantas brincadeiras, brigas, momentos, estórias e histórias que partilhamos, devo-lhes grande parte do que sou agora. Meu irmão e seu jeito tímido e resguardado sempre me causaram uma admiração inexplicável. Grande amigo, partilhou e me deixou partilhar muitas histórias, mesmo que silenciosamente. A minha irmã... O que dizer? Como dizer? Não há palavras que traduzam o que ela me faz e o quanto a devo por isso... Nos momentos de alegria, parceria. Nos de tristeza profunda, ombro, força, espelho, sabedoria. Vem dela também minha inspiração, minha gana, meu desejo de saber e de vencer... Até mesmo nas opções teórico-metodológicas nos afinamos... Sem ela, este trabalho não existiria. Portanto, faça-se justiça: este trabalho é dela. Esse agradecimento é estendido ao meu cunhado Carlos Henrique e a cunhada Luciana, pelas brincadeiras, sorrisos e ombros sempre muito bem vindos.

 Agradeço, por razões óbvias, a todos os professores e mentores intelectuais que passaram por minha jornada de vida. Nomeio alguns por razões especiais: tia Helena (perdoem-me pedagogos!) da quarta série primária, com quem iniciei a me esforçar pra superar dificuldades escolares; Rosário Sá Barreto pelas aulas filosóficas de redação e Aderval Farias, por ter incitado a inquietude intelectual e o desejo pela filosofia. Em especial, agradeço a Roselane Neckel, pelas aulas fantásticas que me fizeram ter certeza de muitas das minhas escolhas e pela amizade e apoio não apenas na academia, mas também no dia-dia; a Flávio Weinstein, pelo companheirismo, dedicação e apoio desde o início desta jornada, sempre com palavras de estímulo que me ajudaram a seguir em frente; e a Antônio Montenegro, por ter despertado o desejo do historiar... Com ele iniciei minha carreira acadêmica de historiador.

Agradeço infinitamente a minha orientadora pela amizade, pelas aulas, pelos livros e textos, pelas conversas, pela paciência, pela imensa dedicação, por acreditar em mim e neste trabalho... Ela é a pedra angular deste trabalho. Muito obrigado de coração, Fátima.

Agradeço ainda a todos os funcionários da Fundação Joaquim Nabuco, do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano e da Biblioteca Pública Estadual de Pernambuco, pela simpatia e empenho em achar os documentos que precisava para realizar esta pesquisa. Devo agradecimento especial a Tarcibetânia, que, ao longo da pesquisa, tornou-se uma amiga.

Por fim, mas não menos importante, a maior lista: meus amigos. Obrigado aos novos amigos de mestrado, pelos momentos de alegria e diversão e também trocas de angústias acadêmicas, que quase sempre se deram nas mesas de bar.  Muito obrigado também, as garotas do EJACN e todo o grupo daí formado por compartilharem comigo momentos de alegria e angústia e por terem mostrado o quanto alegre e divertido é este mundo. Digo o mesmo aos amigos de república e para a querida amiga catarinogaucha Ana. Imensamente obrigado aos eternos amigos Marcos Montysuma, grande xará, Cezar Karpinski e Adilene Adratt pelo companheirismo em todos os momentos e por terem contribuído em tornar esta cidade um lar para mim. O mesmo vale para o amigo Rodrigo Campos e seu humor impagável. E não esqueci os velhos amigos: Daniel (Buiú) e toda a turma Marista, Dennis e Gabi, André, Juliana, Rafaela, por todas as alegrias e também dificuldades que passamos juntos. Menção honrosa merecem Romildo e Flavinho pela amizade incondicional que os torna verdadeiros irmãos. Ao Flavinho devo ainda a correção das notas de rodapé. Valeu mesmo a todos!



Esse foi o texto que seguiu na versão impressa. No entanto, agora me apercebo de algumas ausências e gostaria de desfazê-las:
Quero deixar meu imenso agradecimento a Ângela e Alexandre pelo acolhimento, amizade e suporte mesmo em momentos que lhes fugia da ordem das coisas. Muito obrigado de coração.

quarta-feira, 25 de março de 2009

De volta....

Ok... voltei a postar.
Terça, sem inspiração... convite pra um bom papo... novas amizades e uma pergunta sem resposta momentânea... onde estará a minha vênus? Pois então... chego em casa e começo a procurar. Eis o que acho e que, de fato, me traduz muito bem... Não acredito em essências, mas não sei explicar isso...


Vênus em Aquário marca a vida afetiva de Marcos, o que sugere que a amizade vem em primeiro, segundo e terceiro lugar no seu escopo de relacionamentos. Se não houver amizade antes, amor nenhum nascerá. Vênus em Aquário admira inteligência e liberdade dentro do relacionamento para manter seus interesses. Esqueça os grudes, mas prepare-se para ter ao lado um companheiro e tanto!

  • Vantagem:  alguém que se dispõe a conversar com você acima de tudo!
  • Desvantagem:  surtos de frieza e de desinteresse, que têm mais origem na distração do que num real desinteresse.
  • Como lidar:  evite demonstrar carência excessiva. Vênus em Aquário detesta gente pela metade, que espera pelo príncipe encantado.
  • Possíveis presentes ideais:  qualquer coisa eletrônica. Se o objeto tem botão de liga e desliga e é ativado por eletricidade, Marcos provavelmente adorará! Roupas e jóias diferentes, de vanguarda.
  • O pior que você poderia fazer:  tentar prender Marcos. Pressione esta pessoa, e ela sumirá em segundos!
  • quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

    Que sirva de lição...

    Diálogo de Marco Polo e Kublai Khan:

    "... das inúmeras cidades imagináveis, devem-se excluir aquelas em que os elementos se juntam sem um fio condutor, sem um código interno, uma perspectiva, um discurso. É uma cidade igual a um sonho: tudo o que pode ser imaginado pode ser sonhado, mas mesmo o mais inesperado dos sonhos é um quebra-cabeça que esconde um desejo, ou então o seu oposto, um medo. As cidades, como os sonhos, são construídas por desejos e medos, ainda que o fio condutor de seu discurso seja secreto, que as suas regras sejam absurdas, as suas perspectivas enagnosas, e que todas as coisas escondam uma outra coisa.
    - Eu não tenho desejos nem medos - declarou o Khan, e meus sonhos são compostos pela mente ou pelo acaso.
    - As cidades também acreditam ser obra da mente ou do acaso, mas nem um nem outro bastam para sustentar suas muralhas. De uma cidade, nao aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas."

    Pois bem, que tenham isso em mente ao me perguntar por que me sinto bem ou mal, melhor ou pior em determinados lugares: não é uma questão racional ou casual, não está sob meu domínio... é uma questão de desejos e medos.

    domingo, 11 de janeiro de 2009

    Pequenas coisas e alguns dos melhores dias da minha vida!

    Cada vez mais me impressiona como não sao as grandes coisas aquilo que fazem nossas alegrias mais sinceras... não são elas que lembramos em momentos vãos com um sorriso bobo no canto da boca que nos faz parecer tolos e nos recompormos em seriedade no mesmo momento em que nos apercebemos que estamos sorrindo sozinhos em público. Ao contrário, são as pequenas coisas que valem mais... ja disse o velho compositor. Eis algumas delas, que ocorreram nos últimos dias e fizeram alguns dos melhores dias da minha vida:
    * Sob um frio de -6 graus, cantar, junto com Buiú, educação sentimental, do Kid Abelha, fazendo vozinha de Paula Toler gasguenta em início de carreira enquanto esperávamos um taxi chegar...
    * Dançar salsa desengonçadamente sob as instruções de um já renomado professor em uma festa de alemães e, ao acertar o mais bobo dos passos, ouvir os gritos de: "Esse é meu Garoto!!!"
    * Dançar reggae abraçado com Buiu nas ruas de Barcelona...
    * Tentar dar um abraço de urso em Buiú no dia em que nos despedimos e cair, ambos, completamente bêbados, no chão de um posto de gasolina em Barcelona, e lá permanecer por alguns segundos rindo daquilo tudo...

    Valeu, morenooo!!!! Vou sentir falta disso tudo....