terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Da Felicidade

Quando adolescente, vi uma entrevista do zrenato Russo onde ele, quando perguntado sobre o que era a felicidade, respondeu: "Felicidade pra mim é paz de espírito". Grande lema. Carrego isso comigo desde então, e continua sendo uma verdade pra mim. No entanto, apesar de falar sobre a condição da felicidade, nada diz sobre seu tropo. Então eis que me deparo hoje com essa: a "felicidade é onde você se sente vivo". E não é que faz sentido? Penso que é preciso valorizar a vida... O que se tem,.o que se construiu e conquistou. Se ficarmos lamentando as ausências, valorizando o que há de errado em nós e nos outros, julgando o que achamos que precisamos como essencial a nossa felicidade, ela se tornará uma grande utopia, uma falácia... Algo que só se vê nos filmes de Hollywood.
Paremos de cair na tentação hedonista do consumo moderno. O mundo vai estar sempre repleto de possibilidades, mas se nós deixarmos convencer que precisamos delas, minaremos nossa existência presente... Paremos de consumir antigas novidades, pessoas e sensações. Permitamos nossa paz de espírito existir.

Consolo na Praia...

“Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento…
Dorme, meu filho.”
Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Long Time no See...

No mês passado, após uma excelente conversa que me rendeu ótimas reflexões, fui vasculhar meus escritos e encontrei umas postagens que havia feito aqui. Lembrei que tinha um blog. E voltei a visitá-lo. Confesso que invejei minha anterior capacidade de escrita autobiográfica. Lamentei ter perdido ou obscurecido um pouco dessa capacidade. Também fiquei num misto de sentimentos com o quanto aquilo que escrevi há 10... 12 anos atrás, ainda diziam respeito sobre meu eu hoje. Claro, nem tudo... a gente muda, amadurece, se reiventa... mas há algo de permanência ali. O que? Ainda não sei. Por isso,  resolvi retomar os ensaios...
Estou reativando este blog para tentar voltar a escrever coisas não acadêmicas.. tentar realizar uma autoanálise através da escrita. Espero ser bem sucedido!