sexta-feira, 17 de abril de 2009

Novas ausências lembradas...

Uma das coisas muitas coisas que aprendi na academia e trouxe pra minha vida foi que não podemos significar um evento por seu fim... todo o processo é o que tem relevância. Gostaria então de deixar registrada mais uma ausência deveras indevida no texto final. Agradeço muitíssimo a Marina Brandão pelos anos de companheirismo, apoio, força, estímulo nessa caminhada tão sinuosa que é a escolha da vida acadêmica. Sem ela, os caminhos teriam sido outros e certamente também a caminhada teria sido bem diferente. Obrigado, garota. Felicidades!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Liberdade e Agradecimentos

Um doce sabor de liberdade proporcionado por um grande alívio. Defesa de dissertação marcada... mais uma etapa cumprida. Aqui ficam os agradecimentos àqueles que contribuiram e participaram comigo dessa etapa. Aos ausentes, repito, também fica o meu agradecimento em silêncio.

     Vai parecer clichê. E é, mas não deixa de ser legítimo: este trabalho foi escrito a muitas mãos. Muitas mãos e também vozes que me fizeram, não apenas enquanto autor, aquele que escreve, mas também enquanto ser singular, aquele que sente, vê, percebe, analisa, pensa e escreve! Por isso, esse momento do trabalho, apesar de ser o mais desejado por ser o momento de fazer justiça a essas outras mãos e vozes, é também o mais difícil, pelo temor de ser injusto.

Faço, antes de tudo, algumas ressalvas. Primeira: a ordem dos fatores não altera o produto, ou, traduzindo o clichê, os sujeitos que aqui são citados não o são em nenhuma ordem de preferência ou importância, apenas a ordem da lógica que forma este texto. Segunda: as ausências são mero efeito de uma mente de mestrando. A memória, enquanto categoria histórica ou não, também é feita de esquecimentos. No entanto, não se sintam ofendidos; apropriando-me da canção de Zélia Duncan, digo-lhes: tenho as mãos atadas sem ação, mas um coração maior que eu para caber-lhes. E, terceira e última ressalva: é sob lágrimas que escrevo estas linhas, lágrimas de alegria, felicidade, gratidão, solidão, saudade, sentimento, talvez ressentimento até... Portanto, apenas as leiam, não as comentem.

            Começo essas notas promissórias pelo começo. Agradeço imensamente aos meus pais, não apenas por terem me gerado, mas por terem me feito possível. De meu pai, herdei o prazer do saber, que, depois, vim saber ser um poder – bem que sempre achei ser ele um super-herói! – a sagacidade, a paciência, a introspecção... Apenas pra falar alguns daqueles atributos que se fizeram presentes na escrita deste trabalho. Da minha mãe, entre tantas outras infinitas coisas, herdei a determinação, a alegria de vida, a compreensão, o amor incondicional... De ambos, a forma de me relacionar com os outros.

Agradeço também a minhas queridas avós. Por circunstâncias da vida, não cheguei a ter uma convivência muito próxima com minha avó paterna, mas saiba ela que a tenho com muito carinho e admiração. Quanto a minha avó materna, ela não é só uma avó. E não que ser avó seja pouco, mas ela é ainda mais. Ela dedicou, a mim e a meus irmãos, parte de sua vida. Partilhou memórias, contou histórias que, muitas vezes, me aguçavam a curiosidade, o que deve ter fundado meu espírito investigativo que acabaram por me tornar historiador.  Enfim, ela me educou... Tornou-se parte de mim.

Agradeço a meus tios e tias, de sangue ou não. Especialmente, agradeço a meu padrinho Fernando, cujas sucessivas conquistas sempre me encheram de admiração e inspiração, e à Coeli e Oscarlino, que acompanharam e participaram minha infância com tamanha dedicação, estando sempre presentes e me estimulando o prazer da leitura. Infelizmente Oscar não está mais nesse mundo para ver o resultado de um trabalho do qual ele também participou. Fica a saudade. À Coeli agradeço também a presença e o protagonismo no melhor e mais decisivo ano da minha vida: 1999, quando fiz meu terceiro ano do Ensino Médio.

Agradeço a meus queridos e inigualáveis irmãos, talvez as pessoas que mais sinto falta na convivência diária. Além das tantas brincadeiras, brigas, momentos, estórias e histórias que partilhamos, devo-lhes grande parte do que sou agora. Meu irmão e seu jeito tímido e resguardado sempre me causaram uma admiração inexplicável. Grande amigo, partilhou e me deixou partilhar muitas histórias, mesmo que silenciosamente. A minha irmã... O que dizer? Como dizer? Não há palavras que traduzam o que ela me faz e o quanto a devo por isso... Nos momentos de alegria, parceria. Nos de tristeza profunda, ombro, força, espelho, sabedoria. Vem dela também minha inspiração, minha gana, meu desejo de saber e de vencer... Até mesmo nas opções teórico-metodológicas nos afinamos... Sem ela, este trabalho não existiria. Portanto, faça-se justiça: este trabalho é dela. Esse agradecimento é estendido ao meu cunhado Carlos Henrique e a cunhada Luciana, pelas brincadeiras, sorrisos e ombros sempre muito bem vindos.

 Agradeço, por razões óbvias, a todos os professores e mentores intelectuais que passaram por minha jornada de vida. Nomeio alguns por razões especiais: tia Helena (perdoem-me pedagogos!) da quarta série primária, com quem iniciei a me esforçar pra superar dificuldades escolares; Rosário Sá Barreto pelas aulas filosóficas de redação e Aderval Farias, por ter incitado a inquietude intelectual e o desejo pela filosofia. Em especial, agradeço a Roselane Neckel, pelas aulas fantásticas que me fizeram ter certeza de muitas das minhas escolhas e pela amizade e apoio não apenas na academia, mas também no dia-dia; a Flávio Weinstein, pelo companheirismo, dedicação e apoio desde o início desta jornada, sempre com palavras de estímulo que me ajudaram a seguir em frente; e a Antônio Montenegro, por ter despertado o desejo do historiar... Com ele iniciei minha carreira acadêmica de historiador.

Agradeço infinitamente a minha orientadora pela amizade, pelas aulas, pelos livros e textos, pelas conversas, pela paciência, pela imensa dedicação, por acreditar em mim e neste trabalho... Ela é a pedra angular deste trabalho. Muito obrigado de coração, Fátima.

Agradeço ainda a todos os funcionários da Fundação Joaquim Nabuco, do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano e da Biblioteca Pública Estadual de Pernambuco, pela simpatia e empenho em achar os documentos que precisava para realizar esta pesquisa. Devo agradecimento especial a Tarcibetânia, que, ao longo da pesquisa, tornou-se uma amiga.

Por fim, mas não menos importante, a maior lista: meus amigos. Obrigado aos novos amigos de mestrado, pelos momentos de alegria e diversão e também trocas de angústias acadêmicas, que quase sempre se deram nas mesas de bar.  Muito obrigado também, as garotas do EJACN e todo o grupo daí formado por compartilharem comigo momentos de alegria e angústia e por terem mostrado o quanto alegre e divertido é este mundo. Digo o mesmo aos amigos de república e para a querida amiga catarinogaucha Ana. Imensamente obrigado aos eternos amigos Marcos Montysuma, grande xará, Cezar Karpinski e Adilene Adratt pelo companheirismo em todos os momentos e por terem contribuído em tornar esta cidade um lar para mim. O mesmo vale para o amigo Rodrigo Campos e seu humor impagável. E não esqueci os velhos amigos: Daniel (Buiú) e toda a turma Marista, Dennis e Gabi, André, Juliana, Rafaela, por todas as alegrias e também dificuldades que passamos juntos. Menção honrosa merecem Romildo e Flavinho pela amizade incondicional que os torna verdadeiros irmãos. Ao Flavinho devo ainda a correção das notas de rodapé. Valeu mesmo a todos!



Esse foi o texto que seguiu na versão impressa. No entanto, agora me apercebo de algumas ausências e gostaria de desfazê-las:
Quero deixar meu imenso agradecimento a Ângela e Alexandre pelo acolhimento, amizade e suporte mesmo em momentos que lhes fugia da ordem das coisas. Muito obrigado de coração.