quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Que sirva de lição...

Diálogo de Marco Polo e Kublai Khan:

"... das inúmeras cidades imagináveis, devem-se excluir aquelas em que os elementos se juntam sem um fio condutor, sem um código interno, uma perspectiva, um discurso. É uma cidade igual a um sonho: tudo o que pode ser imaginado pode ser sonhado, mas mesmo o mais inesperado dos sonhos é um quebra-cabeça que esconde um desejo, ou então o seu oposto, um medo. As cidades, como os sonhos, são construídas por desejos e medos, ainda que o fio condutor de seu discurso seja secreto, que as suas regras sejam absurdas, as suas perspectivas enagnosas, e que todas as coisas escondam uma outra coisa.
- Eu não tenho desejos nem medos - declarou o Khan, e meus sonhos são compostos pela mente ou pelo acaso.
- As cidades também acreditam ser obra da mente ou do acaso, mas nem um nem outro bastam para sustentar suas muralhas. De uma cidade, nao aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas."

Pois bem, que tenham isso em mente ao me perguntar por que me sinto bem ou mal, melhor ou pior em determinados lugares: não é uma questão racional ou casual, não está sob meu domínio... é uma questão de desejos e medos.

2 comentários:

Simon disse...

Tu és de Recife e moras em Floripa, não podes falar nada a respeito hahahahahahaha

Flavinho disse...

Recado dado, Sr.!!!!!